O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, revelou ter solicitado apoio dos EUA para evitar um golpe de Estado no Brasil durante o governo de Jair Bolsonaro. Em um evento em Nova York, ele destacou seu papel na busca por respaldo norte-americano em defesa da democracia brasileira enquanto presidia o Tribunal Superior Eleitoral. Barroso mencionou que pediu declarações de apoio três vezes, enfatizando a relutância dos militares em se indispor com os Estados Unidos. Ele também reconheceu o histórico de contribuições americanas para a instabilidade democrática no Brasil, contrastando com o apoio recente à institucionalidade.

O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do STF, divulgou uma nota em resposta ao texto da Economist, criticando-o por suposta imprecisão e erro jurídico. O advogado André Marsiglia identificou oito falhas na nota, enfatizando que Barroso insinuou uma narrativa de golpe, contrariando o princípio da neutralidade do STF. Marsiglia questiona como a corte pode manter legitimidade ao reconhecer tentativas de golpe enquanto julga réus relacionados ao evento de 8 de janeiro. A controvérsia gira em torno da frase 'nós derrotamos o bolsonarismo', que Barroso disse, e que foi reinterpretada pela revista. O debate se intensifica.

Em uma entrevista à Rádio Auriverde, Jair Bolsonaro criticou a recente decisão do ministro Luís Roberto Barroso, do STF, que determinou a obrigatoriedade do uso de câmeras em fardas pela Polícia Militar de São Paulo. Bolsonaro questionou se Barroso agora se considera governador, ressaltando que tal imposição deveria ser ampla, não restrita ao estado paulista. O ex-presidente também comentou que essa decisão pode minar a autoridade do governador Tarcísio de Freitas, a quem considera um bom gestor. Além disso, Bolsonaro se defendeu de acusações relacionadas a sua residência em Angra dos Reis.

O Supremo Tribunal Federal formou maioria na madrugada desta sexta-feira (12) para ampliar o alcance do foro especial de autoridades, com a votação do ministro Luís Roberto Barroso a favor da mudança. A proposta é de que o foro especial seja mantido mesmo após o término do cargo, em casos de crimes cometidos durante a função. O julgamento gera mais poder à corte sobre os parlamentares e aumenta a pressão em relação ao Legislativo. A mudança anterior ocorreu em 2018, relacionada à Operação Lava Jato. A discussão atual acontece em meio a investigações de atos golpistas e prisões de figuras políticas suspeitas.